Inicio da colonização
O povoado de Panorama
foi criado no município de Paulicéia, com terras desmembradas do distrito deGracianópolis.
O projeto da extensão ferroviária da Cia. Paulista de Estrada de Ferro,
foi o causador do
desenvolvimento do município.
Nascida do sonho de um
dos maiores urbanistas brasileiros Prestes Maia, Panorama tem sua história
iniciada no ano de 1946, quando Quintino de Almeida Maudonnet abriu aqui uma serraria.
O sr. Quintino de Almeida Maudonnet,
empresário de tradicional família campineira, informado, em 1945, por amigos,
que a Cia. Paulista de Estradas de Ferro tinha planos de estender os seus
trilhos até a divisa do Estado de S.Paulo com Mato Grosso, decidiu formar uma sociedade
para comprar a Fazenda São Marcos Evangelista com m/m 2.700 alqueires junto ao
ribeirão das Marrecas, margeando o Rio Paraná, terras devolutas cuja posse era
do Sr. José D´Incáo, farmacêutico em Presidente Wenceslau, Alta
Sorocabana. Participaram da Imobiliária Panorama Ltda., constituída em 11-12-1945
: Quintino de Almeida Maudonnet,
Quintino de Almeida Maudonnet Filho, Arthur Maudonnet, Júlio Revoredo, Aníbal de Andrade, José Ribeiro de Almeida,
Guilherme Plichta, Guilherme Rehdder e, como consultor jurídico, Nelson Noronha
Gustavo Filho. Aníbal de Andrade, amigo e oficial de gabinete do ex- Prefeito
de S. Paulo, Dr. Prestes Maia, notável engenheiro-urbanista, convidou-o para
visitar a região .
Encantado com o
lugar, com o PANORAMA , com as belezas e potencialidades do rio Paraná,
ele, o urbanista, se propôs planejar uma futura cidade, já que, Conselheiro da
Cia Paulista de Estradas de Ferro, tinha conhecimento que aquele seria o ponto
final dos trilhos. A planta da cidade ficou pronta e foi apresentada, em Julho
de 1946, pelo Dr. Prestes Maia, juntamente com extenso relatório, em uma
reunião no Hotel Términus, em Campinas, com a presença de autoridades e
pessoas da sociedade campineira que se maravilharam com a concepção da planta e
com o resumo oral do relatório.
Como início, a sociedade
contratou madeireiros para desmatar a área prevista para o Patrimônio, montou
uma serraria na barranca do rio e as primeiras tábuas serviram para construir
um hotel, o Rancho Alegre, a casa da sede e dez casinhas para os peões sob a
orientação e supervisão do socio-administrador Guilherme Plichta. As despesas ultrapassaram as previsões e, em
1948, o Sr. Quintino percebeu que não podia continuar com o empreendimento
(estava já em dívida com os madeireiros e com Bancos), e, em contato com o Dr Nelson
Noronha Gustavo Filho, seu conselheiro jurídico e Presidente da Companhia
Imobiliária Campineira, sucessora da Imobiliária Campineira Ltda, fundada pelo Sr. Rodion Podolsky, e Dr. Domicio Pacheco e Silva, sugeriu que essa firma
assumisse os encargos e se incumbisse de desenvolver o plano.
Os Srs. Rodion Podolsky e Augusto Nadalutti, responsáveis pela parte comercial da
Imobiliária Campineira, analisaram o problema e chegaram à conclusão de que
única maneira de solucioná-lo seria transformar a Panorama Ltda. em Sociedade
Anônima de capital aberto.
Para concretizar a
S.A., ela precisava de subscritores das ações e, com isso, obter recursos. O Sr.Podolsky,
reuniu oitenta e duas pessoas das mais representativas de Campinas e as
convidou para uma excursão a Panorama.No Hotel Rancho Alegre foi servido um churrasco
saboroso e, depois, todos puderam maravilhar-se com as belezas do local e com o
caudaloso Rio Paraná, na majestade dos seus l.200 mts. de largura. O Sr. Podolsky, com a sua comunicabilidade e maneira inata de
sugestionar, fez com que cada um, antevisse, na própria imaginação, a bela
cidade que viria a ser Panorama.
A maioria,
subscreveu as ações da recém-
criada Panorama S.A., cuja Diretoria eleita e registrada na Junta Comercial sob
o n°. 38.408, em 22.06.l948, - em substituição à de 16.04.48 - ficou assim
constituída : Diretor Presidente, Dr. Nelson de Noronha Gustavo Filho,
advogado; Diretor Vice-Presidente, Dr. Edmundo Barreto, advogado; Diretor
Secretário, Dr. Arlindo de Lemos, médico; Diretor Comercial, João Brásio,
corretor; Diretores Técnicos, Drs. Domício Pacheco e Silva e Simão Podolsky,
engenheiros e Diretor Gerente, Augusto Nadalutti, Administrador de Empresas.
Do povoado ao
município
O Diretor, Augusto Nadalutti,
deixou a gerência da Imobiliária Campineira, e assumiu a tarefa de desbravar a
área e atrair moradores para as zonas rural e urbana. O primeiro passo foi opagamento(feito no anexo à casa da sede) dos débitos com
os empreiteiros tiradores de madeira, Isso, de certa forma, demandou desprezo
ao perigo e coragem, uma temeridade, já que o dinheiro vivo foi levado em uma
maleta que ficava à vista dos madeireiros que, em fila, recebiam os seus
créditos e, em sua maioria, de ma catadura, possivelmente morando ali, longe da
civilização, fugidos da policia. Em seguida o Patrimônio tornou-se Distrito do
Município de Paulicéia, pela lei n°.233 de 24/12/1948, fato que contou com a
inestimável ajuda do Deputado Federal José Corrêa Pedroso Junior, pescador
inveterado e freqüentador assíduo e entusiasta de Panorama.
De suma importância foi a cooperação do Administrador do Patrimônio, Sr.
Antônio Aguiar de Souza, moço simples, mas determinado, executor fiel das
ordens recebidas, também imbuído do espírito pioneiro e de entusiasmo pela
idéia de ajudar a construir uma cidade.
A viagem até Tupã, ponto
final da Estrada de Ferro Paulista , distante 160 kms. de Panorama a serem percorridos em estrada, mais ou menos suportável,
até Lucélia, depois 80 kms. de picadas
e areais que exigiam 8 a 10 hs. de ônibus,
para vence-los,
demandava muito esforço e tempo improdutivo. A solução : Augusto Nadalutti aprendeu a pilotar aeronaves e, com " brevet " n.º 686, campo de pouso construído junto ao Ribeirão das
Marrecas, pôde agilizar as providências, para o objetivo principal : criar
condições de desenvolvimento que permitisse, ao Distrito, pleitear sua elevação
a município, em 1953, ano estabelecido, por lei, para a subdivisão territorial
realizada de 5 em 5 anos.
As primeiras viagens de
avião compreendiam um trecho entre Lucélia e Panorama que o vôo era sobre mata
virgem com pequenos claros dos Patrimônios em formação e algumas falhas
denunciando o desmatamento para o plantio de café. Dois anos depois
praticamente a mata havia desaparecido para dar lugar às lavouras em volta de
Adamantina, Flórida Paulista, Pacaembu, Juqueirópolis, Dracena, Tupi Paulista, todas em formação e
progresso vertiginoso e pequenos povoados que estagnaram.
O tempo urgia. Sair do
nada e, em quatro anos, criar as condições para que o Distrito pudesse almejar
sua autonomia administrativa. Em Dezembro de 1949 o Patrimônio pouco havia
mudado. Um enorme desafio que tinha de ser vencido com muito trabalho,
dedicação plena e desprendimento. Tarefa para muitas pessoas, e, sobretudo
estabelecimento de metas: povoar a zona rural e fazê-la produzir era o primeiro
objetivo e isso foi conseguido com os corretores, Yoshimune (Hugo) Matsunaka, Pedro LuizNadalutti e Antonio Sapede Filho –Neves- (este com um avião Cessna com a inscrição "Cidade de Panorama) que vasculharam a Alta
Paulista, Noroeste e Sorocabana formando caravanas de agricultores interessados
na compra de terras – a maioria colonos querendo tornar-se proprietários – transportados por caminhões – e
avião – a Panorama. Decidiu-se que a área restante, após o loteamento das
chácaras circundantes do Patrimônio previstas no projeto do Dr. Prestes Maia,
seria desmembrada de acordo com a necessidade dos compradores, com serviço
topográfico e de locação feito pelo Eng. Emílio de Noronha Figueiredo, que
ganhou a concorrência para esse serviço nas zonas urbana e rural. Tal medida
propiciou o imediato assentamento de famílias e, em menos de dois anos, elas já
produziam milho, feijão e arroz plantados nas "ruas" do cafezal em
formação.
O arrendamento das
terras ociosas do Patrimônio, para o plantio de algodão, atraiu muitos interessados que acabaram fixando-se no
Patrimônio . Foi o passo para o surgimento dos grupos escolares
,armazéns,( o primeiro
foi o do Sr. Agenor da Rocha Auriema instalado logo no início para atender os peões)
lojas de tecidos, cinema, pensões, farmácias, ( o pioneiro foi o sr. João
Leme), consultório médico , oficinas, máquinas de benefício de arroz, etc, e, o mais importante,
a construção de casas de moradia. Os corretores irmãos Antônio e Luiz Barreto
de Oliveira, Adriano Augusto Trondi e Fernando Gardel, encarregaram-se dos lotes
urbanos, e, naturalmente, aproveitando o renome do Dr. Prestes Maia fizeram
muitas vendas , em S.Paulo, Campinas e interior, que propiciaram à Sociedade
uma carteira de recebimentos importante para aplicação nas obras de
desenvolvimento do Patrimônio.
O Rio Paraná tinha
muitos pescadores todos entregues à sua sorte, sem nenhuma assistência e
orientação. O Ministério da Marinha financiou a construção, instalação e
manutenção da Colônia-Ambulatório dos Pescadores, cuja fita inaugural foi
cortada em 25 de Novembro de 195l, pelo Deputado Pedroso Jr. que havia
conseguido a verba. Nesse mesmo dia foi inaugurada a geração da energia
elétrica produzida por um potente gerador à diesel, lançada a pedra fundamental dos armazéns
daC.P.T. (Cia. Paulista de Transportes) e escritórios da C.A.I.C
(Companhia Agrícola de Imigração e Colonização), subsidiárias da Cia. Paulista
de Estradas de Ferro.
Instalação da primeira
Escola Rural
A 1ª. Escola Rural foi
instalada na Fazenda Limoeiro às expensas do seu proprietário Sr. GeronimoMartins, grande homem e líder de um grupo de
proprietários que professavam a mesma religião, pioneiro no desbravamento, e o
seu exemplo, de agricultor bem sucedido, serviu de estímulo para muitas
famílias se instalarem na zona rural.
Início da formação
administrativa
Panorama começava a assumir ares de cidade. Mais
ônibus na linha. Gente chegando para negócios ou lazer. Era necessário um hotel
decente. Com projeto dos arquitetos Roberto e Carlos Nadalutti,
irmãos do Diretor AugustoNadalutti, residentes no
Rio de Janeiro, oferecido gratuitamente, foi construído, com a supervisão do
Sr. Amador Lombelo, concessionário da serraria ,(viria a ser o 1.º Presidente da Câmara Municipal) o HOTEL
PANORAMA, hoje Clube Paranoá, com ampliações e arquitetura modificadas.
Na época as importações
eram quase impossíveis. Um trator era indispensável. Mais uma vez o prestígio
político do Dr. Nelson Noronha, foi decisivo. O gerente do Banco do Brasil em
Campinas, Sr. Antonio Carlos Bastos, disse não poder financiar a compra e
autorizar a importação, considerando ainda inútil qualquer tentativa junto aos seussuperiores .
O Dr. Nelson e o Sr.
Augusto, seguiram para o Rio de Janeiro e, em companhia dos Deputados Federais
Ferraz Egreja e Pereira Lopes, reuniram-se com o Ministro da Agricultura
, João Cleófas que, ante os argumentos apresentados, mandou redigir uma carta
para o Banco do Brasil de Campinas, a ser entregue ao Sr. Bastos, autorizando o
financiamento e a importação de um trator D-4, que desembarcou em Santos no mês
de Junho de 1949. Com ele abriu-se as ruas e construi-se o campo de aviação junto ao Ribeirão das
Marrecas.
Instalação do 1º
Cartório de Registro Civil e Tabelionato
Em
28 de Março de 1953 foi instalado o 1º. Cartório de Registro Civil e
Tabelionato, cuja titular foi Da. Aurora Francisco de Camargo. A orientação
para o funcionamento do cartório foi dada pelo advogado da Cia. Imobiliária
Campineira, Dr. Enéas Ferreira Guarita , conhecedor profundo da técnica cartorial e que,
quando quando da
instalação da Prefeitura incumbiu-se da sua organização
político-administrativa. Era o ano da divisão administrativa do Estado.
Foi requerida a elevação
de Panorama a Município. Nova luta em que valeram, novamente, os conhecimentos,
político e social, dos Drs. Nelson de Noronha Gustavo Filho, Arlindo de Lemos
Jr., Domício Pacheco e Silva, Edmundo Barreto, Vicente Silva, e outros,.que acompanharam Augusto Nadalutti,
quase diariamente, à Assembléia Legislativa para conversar com os deputados
pedindo apoio à iniciativa. Finalmente, na última sessão do ano legislativo, o
Presidente da Assembléia, o campineiro Dr. Rui de Almeida Barbosa, nome que não
deve ser esquecido, anunciou a elevação de Panorama a Município.
Criação da Comarca
Com o Município aprovado
era necessário registrar os eleitores para a eleição a ser realizada e, para
isso, o Dr. Nelson de Noronha Gustavo mandou para Panorama o seu amigo e
correligionário Sr. AntônioDuran que fez o cadastramento. Em outubro de l954,
realizadas as eleições, foi eleito o Sr. Paulo de Arruda Mendes para Prefeito,
diplomado em Janeiro de 1955 em sessão da Câmara presidida pelo
Sr. Amador Lombelo.
Estavam completadas a 1ª. e 2ª. fases e iniciada a 3ª. Com a emancipação tudo se tornou mais fácil
.O impulso estava dado . Era só aproveitá-lo usando todas as
potencialidades do novo município, ponta dos trilhos da Cia. Paulista de
Estradas de Ferro, porto fluvial de importância estratégica, e estimular a
instalação de industrias , comércio e serviços. OI.P.T.(Instituto de Pesquisas Tecnológicas) concluiu o projeto da
navegação Tieté-Paraná (chamado de Hidrovia do Mercosul)
.
O transporte de cargas e
passageiros – principalmente turistas – vai favorecer as cidades ribeirinhas,
inclusive Panorama, prevista no projeto como porto que receberá instalações
modernas para atender o incremento da navegação.
Prefeitura e Câmara
Municipal instaladas, Augusto Nadalutti, considerou cumprida a sua difícil, mas
vitoriosa tarefa: criar, em quatro anos, tempo recorde, um novo município, uma
nova célula administrativa, que viria a se tornar a bela cidade que é hoje.
Vencido o desafio, plena e pessoalmente realizado, desligou-se da sociedade e
do posto de Diretor Vice-Presidente – a que havia sido eleito em assembléia de
13.05.1955
Instalação da Cia.
Paulista de Estradas de Ferro
HISTORICO DA LINHA: O chamado tronco oeste da Paulista, um
enorme ramal que parte de Itirapina até o rio Paraná, foi constituído em 1941 a
partir da retificação das linhas de três ramais já existentes: os ramais de Jaú
(originalmente construído pela Cia. Rio-clarense e depois por pouco tempo de propriedade da
Rio Claro Railway, comprada
pela Paulista em 1892), de Agudos e de Bauru. A partir desse ano, a linha, que
chegava somente até Tupã, foi prolongada progressivamente até Panorama, na
beira do rio Paraná, onde chegou em 1962. A substituição da bitola métrica
pela larga também foi feita progressivamente, bem como a eletrificação da
linha, que alcançou seu ponto máximo em 1952, em Cabrália Paulista. Em 1976, já
com a linha sob administração da FEPASA, o trecho entre Bauru e Garça que
passava pelo sul da serra das Esmeraldas, foi retificado, suprimindo-se uma
série de estações e deixando-se a eletrificação até Bauru somente. Trens de
passageiros, a partir de novembro de 1998 operados pela Ferroban,
seguiram trafegando pela linha precariamente até 15 de março de 2001, quando
foram suprimidos.
A ESTAÇÃO: A estação de Panorama foi inaugurada em
1962. A cidadezinha já existia e era município desde 1953. A estação foi
construída de forma provisória, de madeira, e acabou ficando assim até 1983,
quando uma nova estação foi construída, com o mesmo estilo das outras do ramal,
que eram dos anos 40, numa atitude surpreendente da Fepasa. Esta estação foi inaugu-rada em 1984 e está lá até hoje. É o ponto terminal
do tronco oeste da antiga Cia. Paulista, ficando ao lado da barranca do rio
Paraná. "A estação que eu conheci foi a de madeira, quando fiz uma viagem
no trem da ex-Paulista até o "fim da linha", em agosto de 1977. Como
eu e minha mulher tínhamos de esperar o trem sair de volta para Bauru por cerca
de três horas, ficamos jogando, sentados na plataforma de madeira até que o
trem aparecesse e nós pudéssemos embarcar. Esta foi a única vez que fui a Panorama, e eu não tinha,
nessa época, o costume de tirar fotografias... uma pena." (Ralph M. Giesbrecht,
1999). Por algum tempo foi uma das estações
Acima, o porto de
Panorama, com as plataformas de desembarque onde chegavam as chatas da Navegação Meca S. A.
vindas de Guaíra, no Paraná, 453 km ao sul, para o transbordo de
trigo para os vagões da Fepasa, em 1986. Das chatas os grãos eram transferido para vagões graneleiros através de sugadores (Foto Revista Ferroviária,
abril de 1986, acervo José H. Buzelin).
Operacionais da Ferroban,
tendo inclusive o símbolo da empresa à sua frente, mas depois de 2001/2002 foi abandoonada juntamente com toda a linha Bauru-Panorama. Hoje (2006) é a biblioteca pública da cidade,
em bom estado de conservação.
Origem do nome
O nome do
município deve-se aos belíssimos fins de tarde com o sol se pondo atrás do rio
Paraná, cuja margem esquerda, num lugar conhecido por Porto das Marrecas.
Panorama, palavra de
origem grega e que significa o espetáculo, a vista (-orama) de tudo, total (pan).
Adjetivo pátrio – Panoramense
Denominação promocional – “O mais belo pôr-do-sol”
Data de Emancipação – 30/12/1953
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